As origens de Guimarães remontam a meados do século X, quando a Condessa
galega Mumadona fundou a povoação de Guimarães, que cresceu em torno do
Mosteiro de Santa Maria, S. Salvador e Todos-os-Santos, mas alguns
historiadores referem que já tinha sido "...Citânia, Vila Romana, povoado
bárbaro e cristão até ao século IX."
Em 1111 nasce provavelmente D. Afonso Henriques, armado cavaleiro em 1125
na Catedral de Zamora e é ele quem, a 24 de Junho de 1128, comanda as suas
tropas na célebre batalha de S. Mamede, contra a sua mãe e aliados
estrangeiros. Desse feito militar nasce a soberania portuguesa e Guimarães
transforma-se no "berço da nacionalidade".
Ainda hoje Guimarães guarda os principais
monumentos ligados à fundação de Portugal: o Castelo de Guimarães, a
Capela de S. Miguel (onde foi baptizado) e o Monumento ao Fundador, obra
do escultor Soares dos Reis, todos na Colina Sagrada, onde ainda se
encontra o Paço dos duques de Bragança, e onde todos os anos, a 24 de
Junho, é depositada uma coroa de flores em homenagem ao pai da Nação. Com
a inscrição "Aqui Nasceu Portugal", logo à entrada da cidade, escrita em
letras garrafais no alto da muralha que resta da velha Torre da Alfândega,
no largo do Toural e que traduz o orgulho dos vimaranenses, ao mesmo tempo
que convida quem nos visita a penetrar com respeito e dignidade no recinto
amuralhado, onde se desenrolou a gesta fundamental da epopeia nacional.
Mas a riqueza do património histórico de
Guimarães é visível muito particularmente no seu Centro Histórico, que
está a ser objecto de uma candidatura a Património Cultural da Humanidade,
e que tem sido alvo de profundas intervenções nos últimos anos,
reabilitando ou preservando a sua traça original. Guimarães orgulha-se,
por isso, do seu passado e da sua história, que é comum à construção deste
país.
Mas Guimarães não é só história. É também paisagens deslumbrantes,
cultura, termalismo, folclore, gastronomia, tradições populares,
artesanato e desenvolvimento, num mundo de atracções que fazem hoje de si
um destino turístico procurado e apreciado.
Visitar e descobrir Guimarães é uma emoção que
perdura. É a maravilha da descoberta de elementos que traduzem mistérios
do passado, desde as pedras da calçada pisadas pelos cascos ferrados dos
cavalos do Conde D. Henrique, às belíssimas igrejas ou casas solarengas
devido à imaginação de mestres arquitectos ou pedreiros de nomeada, quando
a arte de trabalhar a pedra era profissão que exigia conhecimentos bem
apurados.
Preservando o seu património e construindo as bases de um futuro moderno,
Guimarães assume-se, também hoje, como o "coração" do Vale do Ave, uma das
regiões económicas mais importantes a nível nacional e aqui tem a sua sede
a Associação de Municípios do vale do Ave, uma instituição supra-municipal
que tem protagonizado um papel fundamental na concretização de velhos
anseios da nossa comunidade.
Guimarães é, por isso, um dos concelhos
mais importantes de Portugal, com as suas 73 freguesias e os cerca de
170.000 habitantes, destacando-se pela juventude da sua população, que
ajuda o distrito de Braga a ser um dos mais jovens da Europa.
Constituem o concelho de Guimarães as seguintes
freguesias: Abação, Airão Santa Maria, Airão S. João, Aldão, Arosa, Atães,
Azurém, Balazar, Barco, Briteiros Sto. Estêvão, Briteiros Sta. Leocádia,
Briteiros S. Salvador, Brito, S. Miguel das Caldas, S. João das Caldas,
Caldelas, Calvos, Candoso, S. Martinho, Candoso S. Tiago, Castelões,
Conde, Costa, Creixomil, Donim, Fermentões, Figueiredo, Gandarela, Gémeos,
Gominhães, Gonça, Gondar, Gondomar, Guardizela, Oliveira do Castelo, S.
Sebastião, S. Paio, Infantas, Infias, Leitões, Longos, Lordelo, Mascotelos,
Mesão Frio, Moreira de Cónegos, Nespereira, Oleiros, Pencelo, Pinheiro,
Polvoreira, Ponte, Prazins Sta. Eufémia, Prazins Sto. Tirso, Rendufe,
Ronfe, Sande S. Clemente, Sande S. Lourenço, Sande S. Martinho, Sande Vila
Nova, S. Torcato, Selho S. Lou-renço, Selho S. Jorge, Selho S. Cristóvão,
Serzedelo, Serzedo, Silvares, Souto Sta. Maria, Souto S. Salvador,
Tabuadelo, Tagilde, Urgeses, Vermil, S. Faustino de Vizela e S. Paio de
Vizela.